quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

…Ano novo…



O tempo esvoaça,
Sem que nos demos conta disso,
E mais um ano se ultrapassa,
E parece que falta algo que preciso.

Reflectindo o que já passou,
Perspectivando o que há de vir,
“Ver” o que se alterou,
E sentir o que ainda há para descobrir.

Muito cresci com o que vivi,
Aprendi o que pensava não vir aprender,
Com a minha razão e coração muito discuti,
Foi uma batalha constante de “sobreviver”.

Espero aplicar o que aprendi,
Em cada dia do ano que se aproxima,
Quando aparecerem as “perguntas”, saber que bem “respondi”,
E não deixar para “responder” para a próxima.

Estou pronto para as novas “perguntas”,
Sei que sempre existiram,
Haverá um leque de tantas,
Mas tentarei resolver a questão.

Sempre as tentei resolver,
Umas bem, outras mal,
Simplesmente com os problemas é difícil prever,
É bem mais fácil estar de fora a ver, afinal.

Ano novo, vida nova,
Assim anseio para quem o desejar,
Quero que todas as minhas capacidades sejam postas à prova,
Para este e os outros futuros anos triunfar.

sábado, 25 de dezembro de 2010

…”Pedras” da vida…



Há “pedras” que se esbarram no nosso caminho,
Que nós temos que as atirar,
Algumas guardamo-las com carinho,
Outras temos mesmo que as largar.

Existem “pedras” que magoam,
Que causam o vazio,
Quantas não entoam?
Quando lançadas no nosso “rio”.

“Pedras” preciosas que guardamos,
Que as mantemos sempre perto,
Elas são tudo que acreditamos,
E só as utilizamos nos momentos certos.

“Pedras” na calçada,
Que nos fazem tropeçar,
Que nos mantêm a alma acordada,
Que nos dão a força necessária para continuar.

“Pedras” que ajudam a construir,
Em que cada uma tem a sua importância,
Faltando uma pode tudo ruir,
Por isso temos que a lapidar em toda e qualquer circunstância.

”Pedras” que guardamos nos bolsos,
Que queremos esconde-las,
Mas elas são os esboços,
Por isso temos que viver com elas.

“Pedras” que aparecem nas nossas vidas,
Que desde logo vemos que são especiais,
Guardamo-las em nós, decoramo-las, para as termos sabidas,
Pois há “pedras” que não há igual.

As “Pedras” são para ser “atiradas”,
Mas muitas para “guardar”,
Elas juntas, aliadas,
Ditam o que passamos e ainda iremos passar.

sábado, 18 de dezembro de 2010

…Refugio-me…



Refugio-me nas melodias,
Que me soam bem no ouvido,
Esperando melhores dias,
Após o que tenho vivido.

Refugio-me em mim,
Em tudo que acredito,
Nas “miragens” pus um fim,
Já não quero pensar nas ilusões em que me “deito”.

Refugio-me nos passos errados,
Pois é deles que preciso para mudar,
Espero que daqui em diante tenham os meus passos mudados,
Esta na hora de não voltar a “escorregar”.

Refugio-me no respirar silencioso,
Pois estou farto de mantê-lo ofegante,
É como um ciclo vicioso,
Que ninguém sabe o seu desfecho, ninguém o garante.

Refugio-me na placidez das acções,
Pois já desgarrei muito da minha vontade,
Agora terei que acalmar as minhas razões,
Já destoei muito a minha sinceridade, feri orgulho, é verdade.

Refugio-me no meu olhar observador,
A ver o que muda e o que tem vindo a mudar,
Preciso, necessito ver o que esta ao meu redor,
Para não apagar a minha réstia de acreditar.

No fundo refugio-me sem me refugiar,
Pois vivo no patamar da certeza encoberta,
É como estar parado e sentir balançar,
Aguardando para “pisar” terra firme na altura certa,

domingo, 12 de dezembro de 2010




...Nunca vires as costas aos problemas...porque quando deres por ti eles estão a tua frente... by:me

…Deixei de acreditar…



Deixei de acreditar,
Em toda a fantasia,
Todas as historias de encantar,
A minha nunca termina como eu queria.

Não acredito em amores-perfeitos,
Não acredito em príncipes nem princesas,
Cavalos brancos? Não vejo jeitos,
Tudo passa de delicadezas.

Não acredito em porções magicas,
Não acredito em varinhas de condão,
Prefiro me guiar por coisas mais lógicas,
Nenhum remédio muda o coração.

Não acredito em castelos impenetráveis,
Não acredito em sapatos perdidos,
Isso são apenas ilusões inevitáveis,
Para quem lhes dá ouvidos.

Na vida dos mortais,
Não existe um para sempre,
Por muito que queiramos há sempre finais,
Nem que muito esforço haja e por muito que tentem.

A felicidade é feita de momentos,
Não como nos filmes falaciosos,
Onde nos mostram sentimentos,
Que parece que duram eternidades…mentirosos.

Acredito que os haja, felizmente,
Mas poucos serão com certeza,
No que digo da realidade não deve estar muito diferente,
Fi-lo pensado, sentido e com destreza.

Vou deixar de sonhar,
Pois é tudo uma ilusão,
Vou sim começar a acreditar,
E comandar a minha vida com a razão.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

…Pensei…



Pensei poder voar,
Sem ter assas para tal,
Senti poder levitar,
Mas nem um simples salto, afinal.

Pensei ter poder,
Sem fazer a força necessária,
Mudar tudo, fazer acontecer,
Mas não soube gritar vitoria.

Pensei mudar o mundo,
Com um simples pensamento,
Enganei-me, não o mudo,
Ele muda por mim a cada momento.

Pensei resolver,
Mas não resolvi,
Apesar de tudo não fiquei a ver,
Simplesmente não escolhi.

Pensei pensar saber,
Mas nada soube,
Por vezes é melhor deixar acontecer,
Pois por vezes a razão não nos ouve.

Pensei viver vivendo,
Mas não é a solução,
Não me arrependo, ou melhor dizendo,
Quem agiu foi apenas o coração.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

…O maior presente é o presente…



Aproxima-se a época dos presentes,
Aproxima-se a época da alegria,
Época de estarem todos contentes,
Ai como eu queria!

Tudo na azafama de consumir,
Tudo na busca da melhor oportunidade,
Todos querem o melhor para dar e fazer sorrir,
Afinal estamos na altura da felicidade.

Mas os bens materiais não me trazem felicidade,
Não me iludo com presentes tais,
Eles não ultrapassam nenhum adversidade,
Peço por isso sempre mais.

Época de causas maiores,
Para ajudar a quem precisa,
Para lhes proporcionar momentos melhores,
Algo para sentirmos e que moraliza.

Época de rever o que temos feito,
Pois mais um ano vai terminar,
Como eu queria que tivesse sido perfeito!
Terei outro para fazer melhor, continuar.

Anos a fio sem valorizar,
Tudo deixava para depois, inconscientemente,
Mas hoje, não dá para desprezar,
Tenho que viver com o passado mas sublinhar o presente para estar contente.

O maior presente,
É conseguir escrever estas linhas,
É sinal que ainda estou presente,
E que ainda consigo expor os meu sentimentos e ideias minhas

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

…Ninguém sabe…

Ninguém sabe o que guardo em mim,
Quando tudo se esvai no vento,
Ninguém sabe o que tento,
Ninguém batalharia assim,
Ninguém sabe,
Ninguém sabe o que ondula no meu peito,
Ninguém sabe o que me faz ficar sem jeito,
Quando coro ou choro, sorrio ou tremo,
Ninguém sabe o valor do meu aceno,
Ninguém sabe,
Ninguém calcula a minha vontade,
Ninguém sabe a minha ira,
Não saberão a verdade,
Não sabem quando o jogo vira,
Ninguém sabe,
Ninguém sabe o que sinto quando me deito,
Ninguém sabe o que o meu olhar reclama,
Ninguém precisará desse preceito,
Só o meu interior sabe e chama,
Ninguém sabe,
Ninguém sabe o porquê de uma lágrima,
Ninguém sabe o porquê de um sorriso,
Ninguém saberá a velha máxima,
Guardarei comigo o que preciso,
Ninguém sabe,
Ninguém sabe porque me rodeiam,
Ninguém sabe o que se passa,
Terei muitas pessoas que gostam outras que odeiam,
Ninguém sabe como se ultrapassa,
Ninguém sabe,
Ninguém sabe alem de mim,
Ninguém sabe porque me sinto assim,
Ninguém sabe nem saberá,
Pois o meu coração fechou, nunca mais se abrirá.

Ninguém sabe…