sexta-feira, 28 de maio de 2010

Bla, bla, bla


Vivem à sombra da palmeira,
Esperam que caía do céu,
Sempre a procura de uma maneira,
Para não suar, meu.

Vivem no menor esforço,
Gostam de mandar,
Dizem para eles “deixa que eu coço”,
Não me apetece trabalhar.

O “peixe pequeno” sofre,
Nas garras dos “tubarões”,
O salário não cobre,
Apenas ficam alguns tostões.

As leis são para os mais pequenos,
Eles não as exercem,
Os euros vem sempre a menos,
E os problemas aparecem.

Bla, bla, bla, dizem sem parar,
Arranjam sempre explicação,
Não param de actuar,
E deixar a ganância? Não?

quinta-feira, 27 de maio de 2010

País ao contrario


Não tenho nada a provar,
Neste mundo de inveja e fantasia,
Não gosto de actuar,
Não gosto de hipocrisia.

Trabalho precário,
Salários absurdos,
Não me façam de otário,
Nem a todos de burros.

País de tanga,
Sempre a mesma explicação,
Carta na manga,
Nunca terão o nosso perdão.

Há algum trabalho,
Poucos empregos,
Muitos não fazem um caralho,
E choram por estarem tesos.

Ricos no luxo,
Pobres na miséria,
Alguns a muito custo,
Outros, a rebentar a artéria.

Todos temos uma sina,
A minha é trabalhar,
Pobres, papeis em branco assina,
Para o rico aproveitar.

Escravidão já passou,
Mas o pior virá,
Quem não aproveitou,
É melhor fugir já.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

…Rimar com a escrita...


A escrita apareceu,
Não premeditei,
Não sei o que aconteceu,
Mas foi assim que me inspirei.

Escrevo o que me vai na alma,
Não escondo mentiras nem verdades,
Apenas quero estar na minha calma,
Tudo que escrevo não tem maldades.

Não sei rimar,
Apenas dou um jeito,
Uso palavras para alternar,
Para no fim, ter algum efeito.

Sou banal,
Não sei fazer melhor,
Quem não gostar? Passa mal,
Não curo nenhuma dor.

Improviso na hora,
Não decoro nenhuma letra,
Quando quiseres, bora!,
Para te provar que não é treta.

Aprecio letras com sentido,
Balelas, não gosto,
Para mim é tempo perdido,
Essas rimas, que desgosto!

Escrever é com o coração,
Sem lhe pedir a opinião,
Ele terá sempre a razão,
Não se arrependerão.

Muitas vezes, gaguejo,
Custa a sair, admito,
Mas o que desejo,
É saúde e felicidade, tenho dito!

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Incompreensível


Interiorizo sentimentos,
Muitas vezes calado,
Há quem controla acontecimentos,
Ainda me sinto atordoado.

Não sei como é possível,
Ser assim tão fútil,
Não consigo ser assim, é incrível,
É fazer um sentimento inútil.

Apenas são passagens,
Será que para enaltecer conquistas?
Se for, para mim são paisagens,
Ainda nos chamam machistas.

Busca da felicidade,
Na experimentação repetida,
Não cometo essa crueldade,
É a estupidez atrevida.

Semana após semana,
Parecia gostar,
Que mentira profana,
Nem dá para acreditar.

Tenho o sentimento,
De ter sido mais um,
Foi um atropelamento,
Pois o sentimento não era comum.

Quero a felicidade de todos,
Não desejo mal a ninguém,
Não façam sentimentos de tolos,
Um dia pode-vos acontecer também.

domingo, 9 de maio de 2010

...Não...


Não desapareçam com sol,
Não escondam a lua,
Sou novo para isso,
A luta continua.

Não fechem a janela,
Não tranquem a porta,
A vida não é uma novela,
Nem um filme para dizer, corta!

Não prendam os braços,
Não me atem os pés,
Mesmo por momentos escassos,
Não deixes de ser quem és.

Não digas não,
Não digas nunca,
Mesmo com a vida de cão,
Manténs-te na espelunca.

Não te cubram,
Não te deixes cobrir,
É bom que te descubram,
Ainda tens muito para bulir.

A vida é bela,
Tens que fazer por isso,
Se a estrada não é aquela,
Não desanimes, não percas o siso.

sábado, 8 de maio de 2010

Coração


Dizem que no coração,
Para mais alguém há sempre espaço,
Dizem com razão,
Tu levas-te um pedaço.

Tenho-o partido em pedaços,
Em cada pedaço uma pessoa,
Levaste-me os momentos que agora são escassos,
E deixaste-o a toa.

Dele muito se fala,
Poucos acertam,
Ele não se “cala”,
Quando as saudades apertam.

Cada momento é uma batida,
Há momentos que não se controla,
Quando bate é sinal que tem vida,
Parece mesmo que descola.

É pequeno,
Mas de grande significado,
É a razão interior,
E põem o pensamento de lado,

Quem diz que o controla,
Mente, sem saber,
Ele não pensa mas magoa,
Mesmo sem querer.

Tudo que vemos,
Ele sente e transmite,
Por vezes, arrepios que temos,
Só ele sabe e porquê os emite.

Sorrisos, lágrimas,
São algumas expressões,
No fundo são as paginas,
Das alegrias e as desilusões.

Sinto-o magoado,
Revoltado com isto tudo,
Já não o sentia assim tão alterado,
Ele não sabe estar “mudo”.

Aproveitem a sua magia,
Pois a vida, só ele a traz,
Não é a que eu queria,
Preciso de amor e paz.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Auto caracterização


Não me revejo nesta sociedade,
Não me revejo nesta juventude,
Mudar? Será que há necessidade?
Talvez, mas não queria tomar essa atitude.

Tento fazer o ético,
Tento ser o mais justo,
Mas neste mundo frenético,
É difícil, é sempre a muito custo.

Tenho a “necessidade” de ajudar,
Estarei pronto quando for necessário,
Não suporto ver ninguém chorar,
Tudo isto sem receber “salário”.

Sou pessimista,
Muito racional,
Pouco optimista,
Apenas um rapaz banal.

Apensar de a minha vida não gostar,
Tenho que viver,
Tenho pessoas para ajudar,
Tenho que estar presente para o que tiver que ser.

Custa-me a cada dia,
Custa cada vez mais,
Mudar de vida? Queria,
Como? Quando?...um dia.

Sinto-me sozinho,
Sinto-me perdido,
Talvez precise de carinho,
Ou algo que não pode ser medido.

Sou diferente,
Sou sem pensar,
Não me sinto atraente,
As vezes, nem quero acordar.

No lado afectivo,
Tímido? Bastante,
Por vezes não me sinto vivo,
Por mais que tente.

Continuo com a minha personalidade,
Não sei mudar,
Mas, apesar de ser uma particularidade,
Quem não quiser, não tem que aturar.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Saída?


Procuro no interior,
Uma possível saída,
Mas só encontro dor,
E não sei curar a ferida.

Sinto o que há de bom,
A ficar esmorecido,
O que poderia ser um dom,
Começa a ficar perdido.

O mar me acalma,
A noite também,
Preciso de renascer a alma,
Pois já não me sinto bem.

Tudo me abala,
Já nem forças sinto,
É uma dor que não fala, mas cala,
Já me aparece como instinto.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Vida/Poker


A vida é um jogo,
Em que não se ganha nem perde,
As consequências aparecem logo,
Muitas delas põem-nos contra a parede.

Fazemos “check”,
Fazemos “All in”,
Apostamos no que pensamos melhor,
Mas nem sempre corre bem, ficamos na pior.

Podemos ter as cartas,
Mas é preciso saber jogar,
Por vezes jogadas curtas,
Mas temos que arriscar.

Nem sempre o jogo melhor,
Tem hipóteses de ganhar,
Nem na vida sabes de cor,
O que podes ou não aproveitar.

A influencia pessoal,
Conta muito a jogar,
Na vida também quem te conhecer mal,
Não terá “fixas” para apostar.

Muitas vezes o jogo não sai,
Desesperamos, por dias melhores,
Na vida também se cai,
Por vezes é preciso esconder algumas dores.

Quando desistimos,
Fica sempre, “podia ter arriscado”!
Na vida também assistimos,
A muitas coisas calados.

No final ganhamos sempre,
Juízo e experiencia,
Na vida nem tudo é também contente,
Mas é a vida….paciência.

domingo, 2 de maio de 2010

Tiago Bettencourt - Os dois



Letra:

Eu não sei quantas vezes te vais matar até eu cair
Eu não sei quantas vezes vais fugir para não voltar
Eu não sei qual das fugas iguais será excepção
E talvez um dia seja eu a largar a mão

Eu quero ver quantas vezes me vais ferir até ganhar
Quero saber se o que vem te dá razões para confiar
e entender que eu te sei sarar, te sei fazer feliz

Hoje vou-te querer roubar outra vez
Hoje vou-te querer provar outra vez
Vem viajar e ficando para depois... os dois...

E ninguém te vai prometer que é para sempre a paixão
E ninguém te vai jurar que é o fim da solidão
Mas eu não te sei apagar sem que possas entender:
o que o acaso nos mostrou a razão fez esquecer...

Porque eu sei que existir ao pé de ti é bem melhor
Eu sei que depois da tempestade vem azul
Eu já sei de cor o espaço do teu corpo para mim

Hoje vou-te querer roubar outra vez
Hoje vou-te querer provar outra vez
Vem viajar e ficando para depois... os dois...

Eu não sei quantas vezes te vais matar até cair
Mas se é tão fácil escurecer e tão simples eu fugir...


Hoje vou-te querer roubar outra vez
Hoje vou-te querer provar outra vez
Vem viajar e ficando para depois,
os dois.

Caminhar sem direcção


O mar me acalma,
A noite faz me pensar,
Sossega-me a alma,
Ela fá-lo sem julgar.

A brisa me limpa,
Pensamentos no caminho,
De cor-de-rosa não os pinta,
Mas é amiga, quando estou sozinho.

O barulho, o sussurro,
Traz-me paz interior,
Ela na mesa dá um murro,
E apazigua a minha dor.

Ondas batem nas rochas,
Pensamentos no coração,
Tudo tem o seu sentido, não achas?
Alguns precisarão de perdão.

Caminhar inconsciente,
Leve sem pesar,
É a limpeza da mente,
Para voltar a acreditar.

Porto de abrigo,
Frio que aquece,
É mais que um amigo,
É locais que ninguém esquece.

sábado, 1 de maio de 2010

Aparte


Estou no meu canto,
Peço que não me chateiem,
Nesta falta de encanto,
Todos me bloqueiam.

Tenho que viver,
Viver como todos,
Ter esse prazer,
Nem que seja sem modos.

Sinto ter muito para dar,
Mas tenho recebido pouco,
Eu sei que não posso contar,
Com sentimentos moucos.

Quero conhecer,
Quero aprender,
Sou sensível, dá para ver,
Não encontro ninguém, até ver.

Vou aos meus limites,
Arisco as vezes demasiado,
Eu sei que nunca ficamos kits,
Mas não me considero coitado.