sábado, 29 de janeiro de 2011

…“Encarno”…




Quando escrevo,
Encarno outro ser,
Simplesmente me atrevo,
A escrever o que por vezes, não sei dizer.

É a evasão de momentos,
Que me fazem desabafar,
Explosão de sentimentos,
Em que uso os poemas para demonstrar.

É algo inexplicável,
Que me faz escolher as palavras certas,
Parece inevitável,
Mesmo quando elas parecem encobertas.

É onde desbravo outras direcções,
Sem sair da minha cadeira,
Sem medo de opiniões,
Sem medo de dizer asneira.

É algo que fala cá dentro,
Que se identifica através dos dedos,
Não sei quem é, mas sinto-o no centro,
Ele não esconde os seus desejos nem medos.

É a reconstituição do meu passado recente,
É tudo que me “escorre” na memoria e em pensamento,
É o fruto que deixa a sua semente,
Que não se cala em nenhum momento.

É a encarnação do meu outro “eu”
Que se impõem oponente,
Que escreve com os meus dedos, tão seus,
Que se transfigura constantemente.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

…Personalidade complexa…



Sou difícil de compreender,
Enigmático e pensativo,
Possuo muitas perguntas que não sei responder,
Por isso recorro ao meu lado criativo.

Sou desconfiado,
Ate me darem provas do contrario,
Mas infelizmente a vida têm me ensinado,
Para estar atento e não cair no “conto do vigário”.

Não entro em “peças de teatro”,
Não tenho jeito para a representação,
Ajo dependendo da situação, com bom ou mau trato,
Mas nunca baixando o nível e violência? Isso não.

Não sou adorado por todos,
Pois não sou o quem agrada por conveniência,
Deixo esses modos,
Para quem têm ganância no lugar da inteligência.

Sou como um jogo de xadrez,
Guardo e cuido todas as “peças” importantes,
Posso “perder” uma, duas…ou por vezes três,
Mas quando as “perco” indiferente não fico, não me sinto como antes.

Sou exigente comigo,
Bem como, com quem admiro e gosto,
Muitas vezes mal entendido,
Por isso, algumas pessoas, eu mudo-as de “posto”.

Personalidade teimosa,
Que não muda, mas por vezes têm que mudar,
Mas ela mantêm-se vigorosa,
Não há nada nem ninguém que a possa “desconcertar”.

sábado, 22 de janeiro de 2011

…Costas voltadas….



De costas voltadas para o mundo,
Não para os problemas,
“Trago” um parecer mudo,
Farto dos mesmos sistemas.

Permaneço de mãos vazias,
Para poder agarrar,
Deixando algumas manias,
Para ter força para segurar.

Não escondo o sorriso,
As lágrimas não as prendo,
Não oculto o que preciso,
Neste curto espaço…vou vivendo.

O planeta em constante rotação,
Em que o dia escurece e clareia,
Eu continuo na solidão,
Sem nenhuma luz de presença à minha beira.

O planeta em traslação,
Em que os meses vão “desfolhando”,
Eu permaneço na mesma posição,
Simplesmente a ver o tempo passando.

Farto de “Palmadinhas nas costas”,
Farto de um mundo “de areia movediça”,
Farto de Viver em “apostas”,
Quando quero certezas e simplesmente a justiça.

De costas voltadas continuarei,
Mas espero pelo toque no ombro, pacientemente,
Pois só de novo me voltarei,
Quando achar que este Mundo é o meu presente.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

…”Sonhador”…



Não sou o que os olhos decifram,
Não sou o que o pensamento tenta descobrir,
Não me guio pelo ontem nem pelo “se”,
Mas sim, o que acho melhor seguir.

Não cedo a palavras bonitas,
Nem a simples princípios pré-estabelecidos,
Traço a par com a minha personalidade,
Mas nunca descorando os outros, dou-lhes sempre ouvidos.

Encaixo-me aos poucos num mundo,
Que parece que não o vivo,
Há situações que fico mudo,
Apesar de não o escolher, sobrevivo.

Um mundo que me encontrou “desmaiado”,
Que “tropeça” em mim sem perdão,
Nem uma ajuda para me manter acordado,
Ou simplesmente para me tirar do chão.

A vida é para quem luta,
Irei lutar ate ao fim,
Apesar de ser grande a disputa,
Irei sempre dar o melhor de mim.

Não me tentem conhecer,
Sou difícil de caracterizar,
Uma palavra para me descrever?
Talvez sonhador, por tanto idealizar.

domingo, 16 de janeiro de 2011

…Folha que ganha cor…



“Converso” com a folha que ganha cor,
“Conto-lhe” os meus desejos e segredos,
Transmito-lhe todo o dissabor,
Ocultando tantas vezes os meus medos.

As linhas do pensamento,
São “borratadas” lentamente,
Elas “falam” a cada momento,
O que sinto inconscientemente.

São o impasse transfigurado,
De uma alma que esmoreceu,
De um ser magoado,
Que aos poucos se perdeu.

O rascunho de um presente,
O esboço de um passado,
Um futuro indefinido à minha frente,
Numa cronologia que tudo ficou marcado.

Mas a folha descolorida teima em se manifestar,
Em pintar ao seu belo agrado,
Desenha as palavras sem que eu possa repostar,
Mas elas deixam-me aliviado.

Parece que não possuo o poder,
De alterar, nem de dar a pontuação,
Ela elabora os travessões, designa os pontos finais antes de acontecer,
Eu apenas assisto, sem poder dizer que não.

Folha colorida sem ter horas,
Mas sabes bem o momento de actuar,
Parece que sabes tudo ou simplesmente decoras,
A “companhia” personificada do meu pensar.

sábado, 15 de janeiro de 2011

Selos VIII



1.Existe algo que te cativa neste blogue ? O quê ?
Sim. Os magníficos textos, que nos libertam por vezes da realidade…mas acima de tudo nos lembram da realidade.
2."No clichés, only love" é somente um blogue, ou algo mais ?
Não é apenas um blog, é como um jornal diário…sempre com novidades e sempre gratificantes a quando da leitura ;)
 
No clichés, only love, não deixem de visitar...porque eu também não ;)


sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

…Mentiras…NÃO…



Mentiras, tudo foram mentiras,
Omissões da verdade,
Aos poucos retiras,
Toda a consideração que depositei sem ver a realidade.

Porquê que proferiste?
Porquê que levas-te avante?
Se no fim apenas feriste,
O que eu tinha de mais importante.

Tudo palavras bonitas,
Momentos que agora relembro,
Como enganas-te estas vistas,
Encobriste o melhor de mim, o bater do meu “membro”.

Nunca pedi a fantasia,
Nunca pedi a perfeição,
Mas cheguei ao fim da falésia,
Mais um passo…caio…sem ser preciso empurrão.

Não merecia tamanha desconsideração,
Eu que sempre pautei pela sinceridade,
Mas tu fizeste sem pedir licença nem perdão,
Destruíste tudo que parecia bom e a verdade.

Vives em mundos paralelos,
Duas caras, dois corações,
Para se ser feliz não é preciso atropelos,
Muito menos ferires a confiança com contradições.

Cheio de distorções da veracidade,
Cheio de ilusões infundadas,
Isso não trará a ninguém felicidade,
Muito menos a pessoas como eu, acordadas.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

…Alto…bem alto…



Desce do pedestal,
Deixa o teu ar altivo,
Não te quero fazer mal,
Não teria nenhum motivo.

Usas bola de cristal?
Queria prever o futuro,
Saber como reagir afinal,
Não tenho nada como seguro.

Solta as asas por momentos,
Sê como eu por instantes,
Liberta de uma vez todos os sentimentos,
Vou fazer tudo acontecimentos importantes.

Caminha como eu,
Não flutues sem tocar no chão,
Para todos existe o mesmo céu,
Para quê complicar a questão?

Pareces inatingível,
Luto cada dia para te ter,
Tudo que sinto é visível,
Não preciso de voltar a dizer.

A distancia que colocas,
Só a mim me agita,
A saudade que em mim provocas,
Gostava que também sentisses, acredita.

Tento combater,
Mas há sempre algo primeiro que eu,
Transmitir o que fazes sentir, é difícil dizer,
Momentos que podíamos estar juntos e que se perdeu.

sábado, 8 de janeiro de 2011

…”Mundo Facebook”…



O Facebook veio para ficar,
“Mundo” moderno do conhecimento,
Um pouco de tudo podes encontrar,
Cultura, lazer, divertimento.

Mundo virtual,
Mundo das fotos e dos comentários,
Chamam-lhe rede social,
Sendo que alguns se tornam milionários.

Mostram-se estados de espírito,
Mostram-se interesses ou ligações,
Para usar o nosso lado critico,
Bem como para debater opiniões.

Mundo do chat e das mensagens,
Mundo das “amizades” distantes,
Muitas delas apenas são miragens,
Que enganam mesmo os mais confiantes.

Ficará na história o “gosto” e o ”partilhar”,
As “causas” os “eventos” e os “pedidos”,
Tornou-se tão familiar,
Que penso que nunca mais serão esquecidos.

Mundo do “mural” de sentimentos,
Mundo de “grupos” “páginas” e “anúncios”,
Mundo de aceitar, rejeitar e bem como mudar argumentos,
Cultura à curta distância e alguma de bons preceitos.

Mundo que os inserimos diariamente,
Mundo dos cliques que geram milhões,
Mundo onde por vezes mostramos se estamos tristes ou contentes,
Mundo que provoca ou altera algumas situações.

Facebook, é o “nosso” livro,
É como um diário actualizado ao segundo,
Não prevê o futuro, mas lembra o antigo,
Foi criado um novo “Mundo”.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

…Vicio…

 by paRanOYgzz

Tenho todos os vícios em mim,
Entranham-se no meu ser,
Impossível ignora-los tão fácil assim,
Muito menos os perder.

Num cigarro não me delicio,
O seu odor não suporto,
Por ver os outros, não copio,
Ser diferente? Não me importo.

No álcool não me deleito,
Não aprecio, tenho o meu direito,
Estou sempre sóbrio quando me levanto e quando me deito,
Sei sempre o que fiz e o que tenho feito.

Não sou facilmente influenciável,
Não cedo a pressões ou a padrões,
Sigo pelo consciente “aceitável”,
E não apenas por opiniões.

Os vícios no seu extremo,
Demonstram o degredo da personalidade,
Tento não me iludir, não “tremo”,
Fiel a mim com naturalidade.

Os vícios que possuo,
São de viver intensamente,
Por vezes tão rápidos, que autuo,
“Multas” que rasgo mas não se apagam do pensamento.

O meu maior vicio é ter por perto,
Quem desejo, quem quero,
É benigno sei que esta certo,
Família, amigos, quem gosto, sentimento sincero.

Vou-me viciado ate me deixarem,
Lutando a cada dia por ser melhor que ontem,
Tenho uma “força” incontrolável, por muito que me atem,
Os meus gestos e acções não mentem.

domingo, 2 de janeiro de 2011

...“vento”...



Sou quem caminha sem desistir,
Contra o “vento” que teima em soprar,
Alguns problemas vão, outros ficam para eu decidir,
Mas no fim, todos eu terei que dissipar.

Tudo passa por mim,
Deixando a sua distinção,
Mas na vida sempre será assim,
Não vale a pena dizer que não.

Seja fraco ou forte,
O que importa é que ele existe,
Esse “vento” que nos causa o desnorte,
E que por vezes subsiste.

“Lança” para trás das costas,
Mas tão visível à nossa frente,
Por vezes, ages e mostras,
Os efeitos deles reflectidos da tua mente.

Ele muda-te, mas permaneces igual,
Mesmo que penses que mudas-te,
Na vida iras receber o sinal,
Que a afinal enganaste-te.

Quem nunca sentiu esse “vento”?
Acho que ninguém o irá desmentir,
Se não sentiram, nunca viveram nenhum momento,
Ou simplesmente vivem sem pensar e sem sentir.

“Vento” da bonança,
“Vento” da desilusão,
Mas que nunca me irá fazer perder a esperança,
Mesmo, queimando ou congelando o meu coração.