sábado, 31 de julho de 2010

…SeNtImEnTos…


Preciso da calma,
Mesmo que seja passageira e curta,
Preciso relaxar a alma,
Ela que já nem me “escuta”.

Preciso de sair,
Preciso de mudar,
Alem de escutar preciso ouvir,
Deixar de contestar e aceitar.

Pode-se mudar opiniões,
Pode-se mudar atitudes,
Mas nunca corações,
Por muito que tentes ou estudes.

Sinto o virar da página,
Sinto a brisa do desfolhar,
É o meu livro a minha sina,
Está na hora de acordar!

Sinto o frio,
Nas veias sinto o calor,
Sinto-me vivo, pois arrepio,
Queima, gela, por favor a minha dor!

Estrelas qual o significado?
Horizonte qual o seu fim?
Viver é pecado?
Quero ultrapassar? Respondo sim.

Silencio muitas conclusões,
Noite muitos mistérios,
Para ambas não há explicações,
Mas sim soluções para assuntos sérios.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

“Amizades”


Amigo é o que dá conselhos,
Não o que aponta,
Para tirar proveitos alheios,
E para conseguir o que quer a nossa conta.

Amigo é o ouvinte,
Que não fala convulsivamente,
Que age conscientemente,
E que sobre tudo não mente.

Amigo é o que quer a nossa felicidade,
Não o que omite, esconde,
Ajuda-nos em qualquer adversidade,
Procura soluções mesmo não sabendo onde.

Amigo é sincero, é verdadeiro,
Não nos coloca contra a parede,
Não o podemos sentir traiçoeiro,
Com ele o sinal não esta sempre verde.

A amizade mesmo que passe a outros níveis,
O amigo tem que tomar o seu lugar,
Não pode passar as barreiras intransponíveis,
Nem entrar em persuasões apenas para se ajudar.

Amizades dessas existem milhares,
Interesseiros para fins pessoais e sentimentais,
Nunca cales aquilo que escondes em olhares,
Na vida não há espaço para amizades banais.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

…Vagueando…


Sinto-me a vaguear pela vida,
Talvez seja mesmo o meu destino,
Tenho a alma escondida,
Já não chega de ensino?

Cada passo que dou,
Cada altitude tomada,
Não consigo esconder quem sou,
Só censura que me custa ser lembrada.

Um dia de cada vez,
Sem nada de novo para contar,
Dizem que não há duas sem três,
Já passei o provérbio, podem acreditar.

Tenho que me conformar,
No fundo não tenho opção,
Sei que em branco estou a assinar,
Mas não encontro solução.

A minha sinceridade, Grita,
A minha personalidade, esconde,
Os pensamentos na cabeça, agita,
O coração apenas procura…mas não sabe onde.

Permaneço igual a mim mesmo,
Permaneço a reconstruir as “fracções”,
No interior ainda existe o “Sismo”,
Que teima em cessar…soluções?

terça-feira, 27 de julho de 2010

…Sentir o que já senti…


De volta ao inicio,
Apenas foram breves momentos,
Adoramos o principio,
Mas porquê no final apenas ficam os fragmentos?

Tudo muda em pequenos instantes,
Por vezes nem damos a devida consideração,
Situações que não delineamos importantes,
São a essas que devemos dar mais atenção.

Os sentimentos são conduzidos,
Eles nos controlam,
Faz-nos muitas vezes sentirmo-nos perdidos,
Pois eles manifestam-se, não se “calam”.

Gostava de controlar,
Gostava de ser eu a definir,
E um dia acordar,
E deixar os problemas de parte…e sorrir.

Tudo sonhos que não se concretizarão,
Tudo pensamentos que ficarão na lembrança,
Isto não é apenas intuição,
Mas sim a realidade com pouca esperança.

Sei que me voltarei a iludir e desiludir,
A vida é feita de fracassos e vitorias,
Temos o papel mais difícil que é decidir,
Para não voltar a cair nas mesmas histórias.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

...Espelho baço...


Vejo o meu reflexo,
Vejo-me a mudar,
Seguindo numa vida sem nexo,
Nem o espelho o consegue negar.

As feições alteram,
As cicatrizes permanecem,
Elas que sempre estiveram,
E que nunca desaparecem.

Sobrevive o interior,
Apesar de intempéries sucessivas,
De magoas, desilusões e dor,
Começo a não encontrar alternativas.

Pedaços, desfeito,
São alguns dos efeitos,
Apesar de não se ver dentro do peito,
É difícil descrever ou arranjar conceitos.

Os olhos não mentem,
São o espelho do coração,
Não escondem por mais que tentem,
Mesmo estando a olhar para o chão.

As lágrimas lavam,
Mostram o descontentamento,
São a reacção e não travam,
O que esta cá dentro, o sentimento.

domingo, 25 de julho de 2010

In Loving Memory - Alter Bridge



Lyrics:

Thanks for all you've done
I've missed you for so long
I can't believe you're gone
You still live in me
I feel you in the wind
You guide me constantly

I've never knew what it was to be alone, no
Cause you were always there for me
You were always there waiting
And ill come home and I miss your face so
Smiling down on me
I close my eyes to see

And I know, you're a part of me
And it's your song that sets me free
I sing it while I feel I can't hold on
I sing tonight cause it comforts me

I carry the things that remind me of you
In loving memory of
The one that was so true
Your were as kind as you could be
And even though you're gone
You still mean the world to me

I've never knew what it was to be alone, no
Cause you were always there for me
You were always there waiting
But now I come home and it's not the same, no
It feels empty and alone
I can't believe you're gone

And I know, you're a part of me
And it's your song that sets me free
I sing it while I feel I can't hold on
I sing tonight cause it comforts me

I'm glad he set you free from sorrow
I'll still love you more tomorrow
And you will be here with me still

And what you did you did with feeling
And You always found the meaning
And you always will
And you always will
And you always will

Ooo's

And I know, you're a part of me
And it's your song that sets me free
I sing it while I feel I can't hold on
I sing tonight cause it comforts me

Game Over


As ultimas lágrimas vou derramar,
Por alguém que não me mereceu,
Eu ingénuo não quis acordar,
Por isso, isto aconteceu.

Não é possível gostar desta maneira,
Magoar a quem lhe deseja o melhor,
Por muito que a queira a minha beira,
Desta vez foi de mais, não vale o meu suor.

Quando ela se relacionar,
Ela vai-me dar valor,
Se ele for como a maioria, vai pensar,
A quem me deu amor, eu criei a dor.

Não desejo mal a ninguém,
Desejo felicidade a toda a gente,
Mas eu também sou alguém?
Sou como todos os que sentem.

As minhas ultimas palavras já as deixei,
Não me vou magoar mais,
Lutar pelo que um dia acreditei,
Mas agora não, jamais.

Escrevi muitos poemas dedicados,
Mas estas serão as ultimas linhas,
Ficaram marcados,
Numa pessoa que perdes-te e que já a tinhas.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

...Posto de lado...


Apesar de não saber nadar,
Sinto-me bem aqui,
Gosto de ver-o-mar,
E do que me faz sentir.

Tem sido a companhia,
Tem sido confidente,
Muito me auxilia,
Quando não ando contente.

O vento tenta levar,
Pensamentos e sentimentos,
Mas é difícil contornar,
Depois daqueles momentos.

Será que um dia vou ser feliz?
Será que não chega de sofrer?
Que mal eu fiz?
Para me estar isto a acontecer?

As ondas são como me sinto,
Inconstantes movimentos,
Com sentimentos não brinco,
Farto de contratempos.

O meu interior sente-se desfeito,
Não previa me sentir novamente assim,
Não arranjo explicações nem conceito,
Para o que vai dentro de mim.

Porquê que a solidão me invade?
Sempre sem nada que fazer,
Dos tempos de criança tenho saudade,
Era feliz sem saber.

domingo, 18 de julho de 2010

Quero apenas ser...Eu


Quero apenas ser eu,
Quero sentir como todos sentem,
Quero o que apenas é meu,
Sou dos que não mentem.

Não busco a perfeição,
Não procuro riquezas,
Apenas oiço o coração,
Que só me tem dado tristezas.

A minha bondade,
É muitas vezes derrubada,
Sou burro admito, é verdade,
São feridas abertas que não são curadas.

Estou numa geração,
Em que não me encaixo,
Hipocrisia, ganância, sem perdão,
Prefiro a minha simplicidade é o que penso e acho.

Quero mudar,
Quero ser diferente,
Mas é difícil para mim actuar,
Fazer aquilo que não se sente.

Desabafos, apenas pensamentos guardados,
Que se mostram escondidos,
Mas que quando acordados,
“Voam”sem que se sintam perdidos.

Continuarei a ser permanente,
Como a musica explica,
Mesmo em baixo sou dos que ainda sente,
Que quando se gosta se ajuda e se aplica.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

...Luta em vão...


A vida novamente,
Me pregou uma rasteira,
Ainda sinto o meu coração inconsciente,
Quero estar só, sem ninguém a minha beira.

Tudo parecia perfeito,
Tudo o que queria estava a acontecer,
E eu sem ter nada de mal feito,
Tenho que me afastar, desaparecer.

Nunca mais vou lutar assim,
Percebi que não vale a sinceridade,
Para ter este fim,
Mais vale estar quieto, calado, é verdade.

O orgulho gastei,
Fartei-me de mostrar o meu sentimento,
Mesmo assim, não quis, não sei,
Começo a perder o alento.

Gosto ainda, não nego,
Mas sei que vou ter que esquecer,
Enquanto o meu coração estiver “cego”,
Vai ser difícil, ele perceber.

Agora terei outra luta,
A luta que mais me vai custar,
Não sei se será curta,
Mas vou ter que superar.