quinta-feira, 31 de março de 2011

…Imaginação…



Nas veias vai “vazando”,
Uma imaginação sem fortuito,
Não sei até quando,
Pois talvez um dia passe a mito.

Imaginação galopante,
A par com o coração,
Que mostra a sua presença a cada instante,
Na busca de uma solução.

Não necessita de tratamento,
Apenas de “espaço”,
Para demonstrar o seu comportamento,
Em tudo que realiza, em cada pedaço.

É medrosa por vezes,
É ocultadora do coração,
Se escrevesse o que ela “manda”,
Vazio ficava…sem noção.

Se tudo que ela ditasse,
Se tornasse realidade,
Ainda que eu acreditasse,
Sei que no fim, nem metade era verdade.

Por muito que ela se perca,
Por muito que ela falhe,
As vezes ela acerta,
Mas muitas delas faz com que a cabeça baralhe.

Nas “veias” para as acções,
Ela vai continuando,
Contra todas as oposições,
Ela vai aparecendo…de vez em quando.

domingo, 27 de março de 2011

…O melhor passado voltou ao presente…



Tudo à minha volta era vulgar,
Tudo passava sem ter importância,
O meu destino não me levava a nenhum lugar.
Até que tu voltaste e encurtaste a distância.
Sentia…
Sentia o vazio permanente,
Que “adormecia” e “acordava” no meu ser.
A solidão era a minha confidente,
Que pronunciava os anseios sem eu poder responder.
Lutava…
A cada dia que passava,
Mas não era fácil manter-me distante,
Por muito que a razão “gritasse”, o coração não acreditava.
Tinha que te ter por perto, para a minha alma voltar a estar aliviada.
Agora…
Soletro a felicidade,
Dos caminhos que nunca deveriam ter sido mudados,
Do sentimento de verdade,
Dos passos há muito que já foram traçados.
Vejo…
Agora vejo, a claridade,
Que se afastou de mim sem eu ter a noção,
Que não tem hora nem idade,
Mas que não a deixarei afastar-se mais, não.
Agarro…
Sem força, mas com sentimento.
Sem ambição, mas com desejo.
Com a intuição e o alento,
Para me perder…no teu beijo.
Feliz…
Assim me sinto contigo,
Unido ao teu coração,
És a minha calma, o meu porto de abrigo.
Tudo que passamos e o que passaremos…nada será em vão…

sexta-feira, 25 de março de 2011

...Se fosse…



Se fosse a última vez,
Que veríamos o luar,
O que tentaríamos fazer talvez?
Tanta coisa que ficaria por mudar!
Se fosse…
Se fosse a última vez que víssemos o sol raiar,
Que nos aquecesse a face,
Tantos caminhos teríamos ainda para caminhar?
Quantos desfechos, que queríamos outro enlace?
Se fosse…
Se fosse o último acordar,
O que planejaríamos?
Como o dia iríamos organizar?
Como gostaríamos?
Se fosse…
Se fosse o último adormecer,
Será que dormiríamos relaxados?
Sem que pudéssemos mudar o que iria acontecer,
Talvez nem nos deitássemos, ficaríamos acordados.
Se fosse…
Se fosse o último sorriso,
Que a nossa face libertasse?
Talvez vivêssemos tudo com menos siso,
Para aproveitar sem que nada se desperdiçasse.
Se fosse…
Se fosse a última lágrima inconsciente,
Que se escorresse destravada?
Talvez a “vivêssemos” mais contente,
Sem lembrar a causa de ser evocada.
Se fosse…
Se fosse o último dia?
O que farias?
Não penses o que poderia,
Mas sim o que podes fazer.
Se hoje é dia….
Vive, sem medo nem receios,
A vida é curta,
“Abusa” dela com todos os meios,
Só existe esta…disso, tenho a certeza….absoluta.
Se fosse…

terça-feira, 22 de março de 2011

…”Voltará?”…



A vontade que habita em mim,
Não se tem mostrado ultimamente,
A inspiração parece desaparecer num ápice assim,
Eu, sem nada poder fazer, por muito que tente.

Apesar de tudo, sinto nas “veias” o latejar,
Das palavras que procuram o talento,
Num mundo que se tentam afirmar,
Contudo, ficam na “gaveta” sem o necessário alento.

As palavras supersticiosas,
Que se escondem nas entrelinhas,
Tomará que fossem sempre vitoriosas,
E que realizassem o meu futuro, sozinhas.

Mas as ideias “escondem-se”, sem eu pedir,
Sem me deixar qualquer pista,
Não as consigo descobrir,
Elas apenas “aparecem” de curta visita.

Na clausura da “voz rabiscada”,
Descrevo e comento esta inspiração,
Parece desaparecer ou precisa ser “cultivada”?
Não saberei responder a esta simples questão.

Talvez o lápis tenha que usar,
Com o auxilio da borracha,
Mas a limpo irei passar,
Tudo que da minha mente esbanja.

Voltarei? Talvez, se “ela” voltar,
Do “cansaço” que se banhou,
Não poderei prometer nem apostar,
Esta inspiração que um dia…me mudou…

sábado, 19 de março de 2011

…Eu crítico…e tu?...

 By:Rosie Hardy

Numa globalização cheia de ideias,
Num mundo que se evade de criatividade,
Não podemos deixar soluções a meias,
Haverá sempre, críticas, boas ou más, é verdade.

Mas a ditadura, já lá vai,
Todos temos o direito de expressar,
Tudo que em nós se deposita, “sai”,
Pois críticas, só no eleva...é deixa-los falar…

Por vezes, criticam sem saber fazer melhor,
Desses eu falo, escrevo, e volto a dizer,
Divulguem a quem esta ao vosso redor,
Assim aplaudirei de pé o vosso fazer.

Não sou poeta, como já o tinha dito,
Nem ambiciono a fama pelo que escrevo,
Aceito criticas, pois perfeito não sou, permito,
Por isso “livro aberto” sou para aprender, apenas me atrevo.

Errei e errarei, mas quem não erra?
Só assim se vai mais além,
Novos “dados”, novos horizontes, nos espera,
Mas para muita gente, são sabedores de tudo, para lhes ensinar, não existe quem.

Alto! Estou a cometer uma injustiça!
Estou a criticar, sem ter a noção,
Mas quem se “tocar” desta justiça,
Então é porque já o fez, não poderá dizer que não.

Enquanto sentir nas veias o que sinto,
Enquanto o meu pensamento andar a par com o coração,
Irei escrever, mas não minto,
Quem não gostar, pode sempre não ler, assim não terá que dar a sua opinião.

domingo, 13 de março de 2011

…Mudei…



Mudei, sinto em mim,
O que era, não “transportei”,
Parte ficou na “paragem” do fim,
O que sou, ainda não decifrei.
Mudei…
O ser ingénuo de outrora,
A bondade incurável,
Não digo que não sou agora,
Mas com a certeza muito mais ponderável,
Mudei…
Todos me mudaram,
Pouco a pouco, deixei,
Que os meus “passos” desprendessem, aceitaram,
Não forcei…nem ajudei,
Mudei…
O lado sensível modificou,
Tomará também posse de mim o racional,
Por tudo que me marcou,
Ambos fizeram um pacto final,
Mudei…
O “molde” que parecia não ter “limalhas”,
Mas, no entanto, tinha muito para “lapidar”,
Tanto escrevi em tantas folhas,
Tanto…que nem sei responder, para não errar,
Mudei…
A forma de ver o mundo que me rodeia,
Ignorar as superfluidades,
Reger apenas pelo importante e não o que vem à ideia,
Soltar a razão, proporcionar-lhe mais liberdades,
Mudei…
Já não sou o que era,
Amadureci, mas ainda continuo “verde”,
Mais “frio”? Talvez,
Deixei de ser o que sempre cede…
Mudei…

…Até um dia que irei mudar de novo…

terça-feira, 8 de março de 2011

…Caminho para a felicidade…



Senti não ter rumo,
Senti a “areia” evadir o meu caminho,
Baixei muitas vezes a cabeça, assumo,
Mas voltas-te a aparecer, quando estava sozinho,
Iluminas-te…
O que parecia já não ter cor,
O que o sol já não aquecia,
As “nuvens” encobriam o meu melhor,
Mas o meu coração descontrolado, vivia,
Levantaste-me…
Com a força que precisava,
Ergui-me como outrora,
O meu coração reiterava,
E “dizia”, esta na hora,
Superei…
Todos os fantasmas descabidos,
Que “vagueavam” no meu pensamento,
Afastaram-se como se fossem desapercebidos,
Pois contigo voltei a ganhar o que tinha perdido, o alento,
Não temi…
Mesmo vendo a “ponta afiada”,
Sabia que não era para me ferir,
Mas sim para cortar a corda afincada,
Que se tinha apoderado do meu coração sem eu pedir,
Soltei-me…
Comecei de novo a sorrir,
Sem que tivesse tempo para pensar,
Não o consigo encobrir,
Pois o que não é pensado, é do coração, não se pode controlar,
Aprendi…
Que mesmo com o caminho “cortado”,
Existe um horizonte,
Pode não estar sempre azul, mas estará do nosso lado,
Lutar por ele, é realizar, é olhar em frente…

…Mulher…



Do pecado,
Do “sabor” escondido,
Por vezes o mais ansiado,
Por nunca ser o escolhido,
Mulher…
Da sabedoria,
Do conhecimento,
Do ombro do dia-a-dia,
Do acolhimento,
Mulher…
Inocente,
Que pula de alegria,
Mesmo não sabendo porque esta contente,
Solta a sua energia,
Mulher…
Da força voraz,
Que “move” ventos e vendavais,
Que não se fica, corre atrás,
Não fica no inicio, procura os finais,
Mulher…
De cariz carente,
Que procura o aconchego,
Que não esconde o seu sentimento dependente,
Com as suas palavras e o olhar meigo,
Mulher…
De fatalidade viril,
Que “usa” a seu belo prazer,
Que causa desconforto “febril”,
Desorientando sem se saber o que fazer,
Mulher…
De tom angelical,
Paz e tolerância abonam a favor,
Para ela não existe o mal,
Tudo que transmite e faz, fá-lo com louvor,
Mulher…
Perfeição,
Que busca em pormenores,
Que ouve a consciência e o coração,
Que se rege apenas pelos melhores,
Mulher…
Simplesmente mulher,
Ser difícil de caracterizar,
Poderia muito escrever,
Mas sei que no fim…iria errar…

Beijos para as Mulheres da minha vida…elas saberão quem são ;)

domingo, 6 de março de 2011

…Como conquistar?...



Tem “sono” leve,
Muitas vezes dorme acordada,
De sorrisos se serve,
Tem que ser muitas vezes cultivada.

É o romance ansiado,
Tê-la por perto é mais que um querer,
É pronuncio anunciado,
Da realização pessoal a todos os níveis e de viver.

É o que aquece em dias de frio,
É o que congela em dias de calor,
Não sofre desvio,
Ate ao coração, deleitando o seu fulgor.

É a “fortuna” imaculada,
É o “grito” arrepiante,
É a busca da perfeição desenhada,
É o soletrar de uma sensação muito importante.

É o brotar do desejo,
Do auge da conquista,
É saborear o ensejo,
E fazer que ela persista.

É o cair do pano lentamente,
E mostrar a força interior,
É momentos de alegria simplesmente,
É a vitória com todo o seu vigor.

Sensação procurada,
De quem quer viver intensamente,
Por alguns encontrada,
Felicidade, que venha-me fazer a vontade.

...Penso já ter conseguido :) ...