sábado, 30 de abril de 2011

…Encontrei…



Se sentir é ser maior,
Se viver é ser ímpar,
Então sinto-me “superior”,
Pois sinto e vivo...a rimar.

Se gostar é Partilhar,
Se sorrir é felicidade,
Então sou um sortudo “sonhador”,
Porque em mim circula essa “paisagem”.

Se o silencio “fala”,
Se o vento “traz” boas memorias,
Então o meu ente não se “cala”,
E “grita” de vitória…todas as suas histórias.

Se vencer é o passo para a glória,
Se o ontem não volta e o hoje é para viver,
Então “assumo” a “rédea”,
Mesmo não tendo a certeza de tudo, nem do saber.

Se o coração bate,
Se o sangue flui numa só direcção,
Eu possuo em mim a sorte,
De nunca ter desistido do meu coração.

Se amar é indescritível,
Se a noite “cobre” o dia,
Ambos são imprescindíveis,
Sem eles o nosso mundo perderia o encanto, como seria?

Se olho ao redor,
Se estou feliz com os outros assim,
Encontrei o significado de valor,
Encontrei sobretudo a felicidade em mim.

domingo, 24 de abril de 2011

…Desce comigo…




 Desce comigo,
Ao que tenho de mais precioso,
Vem comigo,
Pode parecer complexo, mas não tem nada de misterioso.

Senta-te nesse canto,
Foi sempre o teu,
Nunca encontrou tanto encanto,
Por muitas pessoas que conheceu.

Guardou e guardará,
Uma pessoa que nunca esqueceu,
Ele “tentou” mas nunca encontrará,
Essa simplicidade que um dia o acolheu.

Anda continua a caminhar,
Neste coração pequeno, mas sincero,
Aqui podes tudo encontrar,
Tudo que vivemos, vai que eu espero.

Deste lado existe os sorrisos,
Deste a outrora felicidade,
Tudo com os pormenores precisos,
Ah, e aqui mesmo…a saudade.

Quando “partiste”,
Vês aquelas “janelas”?
Foi por ai que saíste,
O meu coração tentou fecha-las, impotente, ficou a vê-las.

Desde ai este pequeno espaço,
Viveu ilusões infundadas,
Que se foi deteriorando cada pedaço,
Ainda ferido, das imensas “facadas”.

Não imaginas como é bom ver-te aqui,
Pensei que nunca mais voltasses,
“Pega” no livro que nunca te escrevi,
Guardei-o com carinho com medo que as paginas voassem.

Vez a mesinha de cabeceira?
Esta na mesma desde a ultima vez que te vi,
A fotografia, lembraste? Esteve sempre a minha beira,
Tantas vezes penso…como foi que te perdi.

As fotos trazem a lembrança,
Da beleza que me encantava,
Contigo eu sentia a esperança,
A felicidade contigo permanecia, não tardava.

És a parte do meu ser,
És o puzzle que encaixa,
Por muito que eu queira negar, dá para ver,
É difícil manter a cabeça erguida, quando falta algo…ela baixa.

Mas prefiro um sorriso teu,
Nem que para isso me afaste,
Tu foste a única que cativas-te tudo que é meu,
A tua “marca” em mim “cravas-te”.

Sincero, não poderia ser mais,
Num pequeno mas sentido poema,
Como sabes não sou dos tais,
Faço da verdade…o meu lema.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

…Ai mundo…



 ...Num mundo tão complicado...resta-nos saborear o simples que a vida nos proporciona...

Abro o jornal diário,
Percorro em “visita” ligeira,
Notícias de um mundo ao contrário,
Onde ninguém obtém soluções nem uma simples ideia.
Ai mundo…
Que “cai” em decadência,
Numa descida vertiginosa,
Não me lembro na minha curta existência,
Tanta pobreza e tanta corrupção escrupulosa.
Ai mundo…
Que o ar está-se a tornar insustentável,
Até quando teremos meios para viver?
Sei que ainda temos algo viável,
Mas até quando iremos sobreviver?
Ai mundo…
Onde homens que roubam e matam,
Que “serpenteiam” na (pouca) justiça,
Que aos fracos e menos qualificados “maltratam”,
Até quando esta “areia movediça”?
Ai mundo…
Onde para tudo a “nota gira”,
“Ela” que se encontra em “vias de extinção”,
Que provoca as doenças e a ira,
Que não a amealhamos mesmo com muita ambição.
Ai mundo…
Que nos “rouba” a todo momento,
Que quando oferece cria estranheza,
O braço do “Zé-povinho” já esta dormente,
Já não tem a força e perdeu a firmeza.
Ai mundo…
Onde o trabalho devia ser o ganha-pão,
Onde todos se continuam formando,
Extravagancias? Isso esta fora de questão,
Continuo a questionar até quando?
Ai mundo…
Onde quem trabalha “com suor”,
“Enche” os bolsos dos que andam “arquitectando”,
Talvez ainda vamos “encher” mais, esperamos pelo pior,
Mas….ATÉ QUANDO?

segunda-feira, 18 de abril de 2011

…Coração em paz…


…A simplicidade e a paz podem traduzir reflexos que nunca imaginaríamos que existiam…

 Por muito que “procurasse”,
Mesmo por “caminhos” incertos,
Talvez até encontrasse,
Mas não seriam os passos correctos.

Sinto a minha “alma gémea” perto,
Junto de mim,
Sim, eu sei, tenho a certeza, estou certo,
Só ela cria a felicidade, que não quero que tenha  fim.

O seu perfume invade-me as “veias Suspirantes”,
Preenche e “corre” sem pudor,
O sentimento que guardei em mim, continua como antes,
É algo que não desaparece nem se apaga, é Amor.

O sorriso, eu “gravo”,
O olhar, me “prende”,
Com ela, o meu coração está a “salvo”,
Com ela, tudo simples ganha relevo, surpreende.

“Leio” o olhar como de letras se tratasse,
Seguro as suas mãos “respirando” o seu calor,
A pulsação oscila, como se não alterasse,
Tudo porque a minha concentração a “fixa”, desviando tudo ao seu redor.

No seu corpo o meu sentimento “acalma”,
“Repousa” na inquietude de dois corações,
Na combinação de uma única alma,
Sem ligar a opiniões.

Se dúvidas houvesse,
Eu dissiparia.
Permaneceu em mim como se ao meu lado sempre estivesse,
Quero-a sempre ao meu lado, partilhando comigo dia após dia.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

…Sentimento Imaculado…

…Segue os ideais sem nunca perder a certeza que o coração os segue também…

 “Arrumo” a minha cabeça,
“Organizo” o meu coração,
Não preciso de lembrança,
Para dizer a verdade em qualquer situação.

Coloco ao “descoberto”,
Todos os meus medos e fraquezas,
Mesmo não tendo nada como certo,
O meu coração só me noticia certezas.

“Silencio” muitas vezes a razão,
Pois o “membro cardíaco” impõem a sua “lei”,
“Ele” não precisa de permissão,
Por isso sinto tão intensamente todos os passos que dei e darei.

“Escorre-me” a verdade de sentimento,
Imaculado, sem medo de errar,
“Ele” amadureceu com o tempo,
Sem nunca perder o seu acreditar.

Sinto o “aperto” preocupado,
Quando atormentado “ele” se sente,
Ando simplesmente desnorteado,
Em sentimentos, Confesso…não sou valente.

“Salpica” a saudade mesmo junto,
Mesmo perto, mesmo agarrado,
Muitas vezes me pergunto,
Porque este sentimento que permanece em mim pernoitado.

Sou feliz com este sentimento que não domino,
Ele faz-me reviver e me levantar a cada dia,
Não me queixo, nem reprimo,
Pois sem ele…nada seria.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

…Soletro “V-I-V-E-R”…


...Podes parar a "bicicleta" por tempo indeterminado, mas nunca deixes de "pedalar" infinitamente...

“Escrevo” em mim as vivências,
Soletro as vitórias,
Ergo-me das derrotas e supero as conveniências,
Não me deixo cair em todas as histórias.

“Absorvo” a vida calmamente,
No olhar guardo o que me cativa e me repele,
Escolho os caminhos pacientemente,
Pois no futuro não quero “represálias” sentidas na “pele”.

“Recolho” nos sentidos as acções,
Os “calafrios” dos sustos de viver,
“Esmiúço” as opiniões,
Para neste mundo não cair e sobreviver.

“Decoro” os ensinamentos desvalorizados,
Assentando os meus princípios e valores,
Permanecem alguns que ainda não formam utilizados,
Talvez usufrua deles em situações piores.

“Seguro” o que deixo à “solta”,
Com medo de perder,
Sei que assim terá a “volta”,
Se de mim quiser “ser”.

“Deixo” os meus anseios vir à tona,
“Reavivo” as minhas virtudes,
“Descubro” o que estava encoberto na “lona”,
Vivo contra tudo e quais queres vicissitudes.

“Reinvento-me” sem medo de mudar,
“Permito” novos ideais,
Viver é aceitar e acima de tudo acreditar,
É concretizar inícios onde já se deslumbrava finais.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

…Pronunciado poeta…



Poeta é o que se inspira,
Onde ninguém vê a inspiração,
Poeta é o que suspira,
Utilizando os dedos das mãos.

Poeta é o que pensa com o olhar,
Pensa com o coração e a razão,
Nada passa, sem ele deslumbrar,
Ou sem colocar a sua interrogação.

Poeta é o atento ao pormenor,
Que usa a perspicácia,
Que enaltece o que parece de relevo menor,
Sempre com as palavras certas e com eficácia.

Poeta é o que se “deita” na realidade,
Que “vive” na imaginação,
Que escreve fantasiando e muitas vezes a verdade,
Sempre demonstrando se gosta ou não.

Poeta é o que vive em mundo equidistante,
Que busca nas palavras o que a voz não sabe pronunciar,
Que risca, que apaga, na busca da perfeição constante,
Sem nunca um dia, ai chegar.

Poeta é o aluado,
Que se dissimula nas suas poesias,
Que “grita” os seus anseios em tom aliviado,
Renovando-se de dia para dia.

Poeta é o que deposita na esperança,
É o que “liberta” o que não esqueceu,
Que se ergue e enaltece com perseverança,
Tudo que nunca serei um dia…eu.