terça-feira, 22 de novembro de 2011

…Estação da vida…


…nem sempre a viagem mais longa demora mais tempo…
...pois o tempo bem passado não é mensurado…

Compramos o bilhete,
Onde não há preço nem destino conhecido,
Guardamos os bens e os clichés,
Pois nem o maquinista terá o trilho sabido.

Maquina poderosa que a podemos conduzir,
De certo, por tempo indeterminado,
Existem fases que teremos apetecias para a corrigir,
Outras porém que nos mantêm descontrolado.

Toda ela é de passagem,
Toda ela comporta uma bagagem de experiências,
Muitos vivem-na na miragem,
Outros aproveitam-na com conveniências.

É como esperar por algo que se sabe,
È a paragem da reflexão,
Nesta estação nem tudo Pará,
Muita coisa passa sem termos a noção.

Muitos caminhos fora do trilho,
Muitas agulhas por arranjar,
Mas o comboio segue cambaleando muitas vezes sem brilho,
Até a uma nova etapa chegar.

É o contra relógio apressado,
É a buzina que ensurdece,
É deixar a estação antiga no passado,
E pensar na presente futura que aparece.

Vida, de olhares rápidos de vidraça,
Entre estações e apeadeiros,
Muita intuição e esperança,
Para triunfar e dar os passos certeiros.

Tempo de rasgar mais um bilhete de viagem,
Onde fiscalizaram muitos revisores,
Ainda oiço o barulho da cravagem,
Tantos passam por malfeitores.

O comboio parou,
Desço-o deslumbrando a paisagem,
Maquinista deu o sinal que terminou,
Até a próxima estação de carruagem em carruagem…

Boa viagem…


terça-feira, 1 de novembro de 2011

…O nosso Portugal…


País de múltiplas culturas,
Que se banha de ilusões,
Que há muitos anos está as escuras,
Tudo por corruptos que pensam ter as soluções.

País de fácil adaptação,
Difícil é o português ficar,
Tudo faz as malas levando na cabeça a ambição,
De viver e os problemas ultrapassar.

Regras, medias, são a toda a hora,
Palavras falaciosas que impõem,
O futuro de quem pouco tem pouco agora,
Mas, o luxo dos governantes não abdicam, nem dispõem.

País construído na ganância,
Onde todos mandam sem ter poder,
Mas como instituíram a liberdade em qualquer instância,
Qualquer um pode fazê-lo mesmo sem saber.

País de éticas, etiquetas e injustiça,
Onde armas se compram como se compra pão,
Combater a criminalidade? Acredito que não seja preguiça,
Mas os homens da lei terão mais medo que nós, não?

Portugal dos descobrimentos,
Portugal das conquistas,
Neste momento apenas dos encobrimentos,
Das fraudes nos inúmeros calculistas.

É assim que esta o nosso Portugal,
Sem dia de melhorar,
A nau da descoberta prestes a naufragar,
Contudo…a esperança permanece de a bom porto chegar.