terça-feira, 30 de novembro de 2010

…No vazio de palavras…



O que mais pode uma palavra dizer,
O que o olhar faz na perfeição sem “falar”,
Palavras podem distorcer,
Mas no olhar? Ninguém o pode negar.

O que um imenso discurso pode fazer,
O que um simples gesto concretiza,
Muitas palavras, mas pouco a dizer,
Mas o que um simples gesto, realiza.

Para quê palavras demasiadas?
Se o silêncio “fala” sem “falar”,
Nem as palavras todas associadas,
Terão tão significado, podem acreditar.

Uma lágrima a escorrer,
Um sorriso resplandecente,
Haverá alguma palavra a dizer?
Sem falares saberão se estas triste ou contente.

Por vezes as palavras custam a sair,
Por vezes gaguejamos nos momentos certos,
Mas na reacção não dá para mentir,
Estejamos errados ou correctos.

Nunca te cales quando tiveres que falar,
Nunca deixes nada a dizer,
Mas acima de tudo deixa a verdade ditar,
Pois nem sempre as palavras o podem fazer.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

…Responde o coração…



Não me comparo com o melhor,
Tenho as minhas qualidades,
Não me comparo com o pior,
Eu respondo só com as verdades.

Quem se acha superior,
Que desça ao meu nível,
Quem se achar inferior,
Eu dou a mão e ajudo, não quero desnível.

Não ajo para ser valorizado,
Não actuo, pois não sou actor,
Gosto sim de ajudar quem deve ser ajudado,
E sobressair o sorriso, quando habita a dor.

Mas será que o que penso é o correcto?
Não deverei ser menos altruísta?
As vezes não sei o que é certo,
Ou por vezes me foge da vista.

É difícil mudar este coração,
Ele está demasiado, extremamente, ensinado,
Ele age como se tivesse sempre razão,
E quem sofre é quem o mantêm alojado.

Tentar ser o que não sou,
Não consigo, não quero,
A minha personalidade não ensinou,
A ter duas faces, logo não altero.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

"Eu"



Sou normal
Qualidades e defeitos
Simples e banal
Ate, podem arranjar outros conceitos
Sou sincero
Pessimistas as vezes
Luto pelo que quero
Nem que para isso dure meses
A minha descrição é difícil
As palavras custam a sair
Mas também se fosse fácil
Iria cair na vulgaridade ou iria mentir
Sou divertido
Gosto de animar
Tento sempre ser bom amigo
É a minha personalidade a “falar”
Ajudo no que poder
Nunca neguei nem cobrei
Estou pronto para o que tiver que ser
Ser diferente, não, assim serei
Orgulhoso em algumas situações
Mas isso, somos todos
Não “calco” ninguém para ter as minhas ambições
Não perco a compostura nem os modos
Sou imperfeito
De perfeições inacabadas
Mas sou assim, aceito
A perfeição é nos contos de fadas

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

…Chama quente…



Sinto o meu coração a “falar”,
Ele entoa no meu corpo,
Ele se mostra, como só ele sabe “gritar”,
É como se fosse um sopro.

“Grita”, por quem ele quer,
Não tem duvidas no que sente,
Ele demonstra em cada acto e no seu “dizer”,
Ele é o único e que nunca mente.

É como uma chama que arde,
Que as achas aumentam a cada instante,
Para este calor nunca é tarde,
O tempo não apaga na memória, é constante.

Nem o frio o arrefece,
Ele continua a bater acelerado,
Nem a noite o escurece,
Não há nada que o deixe intimidado.

Permanece sempre no mesmo local,
Mas porquê que o sinto muitas vezes a voar?
O que sinto não têm nada de mal,
Parece que sai de mim sem hora para voltar.

O seu bater de saudade,
O seu bater descontrolado,
O seu bater de ansiedade,
O seu bater que por vezes me coloca ao lado.

Coração, o verdadeiro,
Que a ele não nada é ignorado,
Que nele tudo é sentido, é certeiro,
Mas é tão bom mantê-lo acordado.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

…A minha luz…



Começo a avistar o luz,
Caminho até lá esperançado,
Vejo o vulto que quero estar a sós,
Não quero perder mais tempo, quero-a a meu lado.

Os meus sonhos quero realizar,
É o que desejo sinceramente,
Os dela? Quero concretizar,
Digo tudo conscientemente.

Quero cuidar,
Quero estar sempre presente,
Quero em tudo ajudar,
Sim, é verdade, não me sai da mente.

Quero falar com um olhar,
Quero responder com um gesto,
Quero-a nos meus barcos, abraçar,
Quero que no fim ela diga “Gosto”.

Tanto desejei,
O meu coração não sabe mentir,
Tantas vezes sonhei,
Tanto acordado como a dormir.

Quero desenhar as letras do nosso destino,
Quero pinta-las das mais belas cores,
Prometo e assino,
Quero com ela partilhar os louvores.

Lutei e vou continuar,
Quero fazer um novo ditado,
Quero ver o teu sorriso ao deitar e acordar,
È verdade, estou apaixonado.