domingo, 27 de janeiro de 2013

…Efeito dominó…




As peças do dominó estão a cair,
Parece cada vez mais próximo o final,
Neste país parece que tudo surge para nos destrói,
Sonhos, esperanças…para quê? Afinal!

Dizem que o sol nasce para todos,
Mas questiono estes dias sempre nublados,
Não há maneira de mudar estes modos,
A tempestade chegou para ficar para os nossos lados.

A única certeza nas nossas cabeças,
É não ter a certeza desta verdade,
Os governantes ditam as sentenças,
E é nos bolsos que vemos a crua realidade.

Parecem sucessivos ensaios,
Tudo o que nos tem sido proposto,
Cenas retiradas de filme que nos provocam desmaios,
Não se deslumbrando ainda o desleixo suposto.

Suposto sim, é a crise a todos os níveis,
Perdemos a identidade de outrora,
Não queria dizer que haverá mais noticias terríveis,
Mas infelizmente, elas aparecem a cada segundo a cada hora.

Para quê acordar nesta falésia?
Onde cada passo dado parece ser em falso,
Os portugueses não têm amnésia,
Por isso, não pensem ter domado o que aparenta estar manso.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

….Apenas o poeta…


Apenas o poeta tem o dom,
Apenas o poeta tem a palavra,
De separar o mau do bom,
Da palavra verdadeira da que aldraba.
Apenas o poeta se liberta,
Apenas o poeta desperta o que ninguém vê,
Ele sonha acordado na fantasia incerta,
Levando consigo quem o lê.
Apenas o poeta se pergunta,
Apenas o poeta procura responder,
Ate ter uma conclusão não aguenta,
Procurando incessantemente sem nunca se perder.
Apenas o poeta caminha até ao horizonte,
Apenas o poeta escreve o que ninguém deslumbra,
Usa a sua curiosidade como fonte,
Solta-se muitas vezes da sua própria sombra.
Apenas o poeta, apenas ele,
É um sonhador acordado,
Que exterioriza o que vem do interior dele,
Para que se sinta um pouco mais aliviado.

Apenas o poeta

domingo, 11 de novembro de 2012

…Sem ti…




Tento expressar em traços, desenhar-te,
Mas estas tão presente na minha memoria,
Em cada canto os meus sentidos vão encontrar-te,
Não penso, não quero saber, sem ti como seria.
Sem ti…
É uma luta em vão de forças desmedidas,
É apostar sem nunca haver consenso e harmonia,
Temos muitos objetivos e metas prometidas,
Por isso, não penso, nem quero saber como seria.
Sem ti…
A chama que paira e reacende,
Que queima e arde sem se ver,
Que se mostra e não se arrepende,
Simplesmente não existia, não quero saber!
Sem ti…
É correr sem terra firme,
È ver o céu sem nunca lhe poder tocar,
É o corta do romance como num filme,
Não quero mesmo saber, nem pensar.
Sem ti…
Não posso crescer de igual modo, nem desenvolver,
Atrás de um grande homem,
Existe sempre uma grande mulher,
Por isso, não penso nem quero saber, meu bem.
É contigo…
Que quero ser e fazer feliz,
Alegrar, falar, beijar e aconchegar,
Soletrar o que o verbo amar diz,
E amar-te sem medo de o amanhã chegar.
Pois sem ti…não sei como seria! 

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

… Que maldito, este nosso mundo…



Tu podes dizer que não,
Mas ele deixa-nos a cada segundo,
Some-se, esvai-se, na solidão,
Que maldito, este nosso mundo.
Tu ate lhe podes falar,
Mas ele já esta de malas prontas,
Pode ate ouvir mas não irá ligar,
Efémero, que deixa as pessoas tontas.
Leva as mentiras, as ganancias,
As injustiças e a precariedade,
Sei que já vai cheia com as nossas finanças,
Pena é escolheres sempre a mais pobre sociedade.
Tu podes dizer que não,
Mas a nossa sentença esta já feita,
Onde não existe advogado nem perdão,
Apenas a troika e a sua ceita.
Leva as leviandades, as injurias,
As calunias e a difamação,
Pois a austeridade é para nós romarias,
De semana para semana informa a televisão.
Tu podes dizer que não,
Mas estamos banhados na descrença,
Quem trabalha, soa que nem um cão,
Mas o saudável rendimento de inserção social é que coça na nossa presença.
Prescindimos da despedida,
Levar tudo que é teu,
Pois o nosso já foi antes da tua partida,
Leva também e sem te esqueceres….o Euro…foi a partir dai que o país se fod…u.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

…Perfeita…



Sempre foste perfeita,
Amiga, carinhosa e atenciosa,
Foste da melhor colheita,
E a pedra mais preciosa.

Foste tão cedo,
Nem tempo tive para me despedir,
Sei que gostavas de nós e tinhas medo,
De nos deixar…partir.

Foste mais do que um simples animal,
Foste a companheira,
A festa e a brincadeira,
Estavas sempre para o bem e para o mal.

Olhos bicolor de ternura,
Brancura de paz e serenidade,
Simplicidade pura,
Dos teus mais de 15 anos de idade.

Foste em paz,
E espero que em paz possas permanecer,
Saudade é o que me traz,
Pois nunca te irei esquecer.

Descansa em paz….

quinta-feira, 22 de março de 2012

…(Des)empregado…

Num país de desemprego...
                             Procuramos no horizonte....
                                                        Talvez um milagre, não nego...
                                                              Mas é agua que não vejo crescer nesta fonte...

Trabalho seguro e bem remunerado,
Num piscar de olhos ficou desempregado,
Devido à preguiça ficou ao alto,
É agora é vê-lo a canto.
Ainda sorri o bolso esta cheio,
Mas o jogo ainda vai a meio,
Poupanças faz, mas de cotão,
Agora é vê-lo a estender a mão.
O subsidio esta a acabar,
Procurar trabalho? Faz suar,
Ganha dinheiro só de pensão,
Alguns condenam outros dão razão.
Ganha dinheiro de quem trabalha,
Passa o dia a jogar a malha,
Roupa rasgada não dá para mais,
Rouba quem passa sem deixar sinais.
O tempo passa o dinheiro não chega,
Revoltado com tudo o subsidio levou nega,
Droga no bolso não dá para comer,
É morrer mas sem saber.
Carro vendido casa não têm,
Mas a postura ele mantêm,
Sarro na cara rasgos na mão,
Nem assim aprende a lição.
Entra e sai do hospital,
Teve alta menos-mal,
Chega à rua vai pedir,
Desta vida não vai sair.
Sem saber mais o que fazer,
Antes feliz agora a morrer,
Sente a falta do sustento,
Chora agora naquele assento.
Assento que lhe dava a paz,
Mas agora ele corre atrás,
Mas não encontra já se escondeu,
Aquele trabalho desapareceu.
Levou com ele a felicidade,
De um homem de meia-idade,
Caso após caso se arrependeu,
Tarde de mais…ele perdeu.

quarta-feira, 21 de março de 2012

…A poesia…



A poesia é de quem a sente,
De quem escreve com a alma,
É de quem não mente,
E se inspira muitas vezes sem calma.

A poesia é a suavidade,
Escrita ou proferida,
É a mensagem da realidade,
Que pode durar uma vida.

A poesia é o inesperado,
Uma passagem ou um sentimento,
É o que não pode estar estancado,
Pois necessita da liberdade como o vento.

A poesia é a primavera a brotar em flor,
É a mistura das ideias com a emoção,
É expulsar a dor,
Que por vezes podemos guardar no coração.

A poesia é o horizonte,
Talvez nunca visto e que nunca será alcançado,
Mas é para muitos a fonte,
Da paz e do amor lado a lado.

A poesia é exteriorizar, é viver,
É respirar sem oxigénio, mas sentir,
É declamar o que custa tanto a dizer,
Mas ela fá-lo tão bem, á que admitir.

Esta é a altura da ode glorificada,
Pois em todo o lado encontramos poesia,
Quadras, métricas, versos que a tornam canonizada,
Tudo porque ela existe e hoje é o seu dia.

quinta-feira, 8 de março de 2012

… Aguardo as tuas visitas breves…



Já há muito que não me exprimia,
Por meio de versos e quadras a rimar,
A inspiração não me permitia,
Mas confesso, também não a quis forçar.

Penso que ela tem que vir normalmente,
Tem que ser fluida e sentida,
Tem que ser impertinente,
Para que possa ser ouvida.

Ela advêm das vivências,
Que tento passar para o papel,
Contudo em algumas circunstancias,
Posso falhar ou errar, mas nunca longe do real.

Ela tem que ser cultivada,
Tem que se desenferrujar de vez em quando,
Ela é a nossa preguiça por vezes deitada,
Tempos que clicar em Play no comando.

A inspiração é a fonte do sucesso,
É ir mais além do observável,
É algo que não tem preço,
Algo que não é mensurável.

Aguardo as tuas visitas breves,
Pois necessito deste apanágio revitalizador,
Sejam palavras fortes ou leves,
Irei escrever o que sentir ao meu redor.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

…♫Porta do meu ser♫…


 Entrem, esta é a porta do meu ser,
Onde nem todos conhecem,
Nem todos vão conhecer,
Estará sempre aberta para quem o merecer.
…por isso, não se apressem…
Divido-me pela simplicidade,
Algum humor e muita solidariedade,
Procuro a perfeição sem nunca lá chegar,
Por isso, por vezes é difícil de agradar.
…calma…
Sou justo e gosto de ajudar,
Pensativo em excesso mas sem me crucificar,
Faço filmes como os velhos do Restelo,
Mas quem não fantasia mesmo não tendo um castelo?
…aguarda…
Sou preguiçoso, talvez desleixado,
Mas tenho um objectivo que me mantêm acordado,
Sentir o vento que me arrepia,
Usufrui e sorrir, sempre a cada dia.
…quase…
Reservado, altruísta e muito serio,
Palavras que muitos não têm no dicionário,
Falo e faço quando o tenho que fazer,
Muito fazem e dizem e no fim…nada a ver.
…mais um pouco…
Sentimentalista, mas não calculista,
Muitos pensam que quero ser artista,
Apenas penso no dia-a-dia laboral,
Pois esse sim me dá o sustento mensal.
…agora…
Encosto a porta mas deixo entreaberta,
Pois nunca se sabe se quem entra é a pessoa certa,
Não uso senhas nem códigos de números sequenciais,
Uso sim a bondade e confiança…as primordiais.
…entra…

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

…Juntos…



Podes te apoiar e segredar,
Todos os obstáculos e problemas,
Não o faço apenas com o intuito de te agradar,
Mas junto a ti, faço disso o meu lema.

Podes desmotivar e deixar cair uma lágrima,
Não te deixarei, nunca desamparada,
Vou limpar lágrima por lágrima ate à ultima,
Sempre te transmitindo a força que pensas estar desacordada.

Podes pensar que exagero,
Mas és o quadro que sonho e pinto,
És a melodia que oiço sem engano,
És a letra da musica que sem parar, canto.

Podes-te chegar mais perto e aconchegar,
Quando dias cinzentos te vierem atormentar,
Podes ate nem precisar,
Mas os meus braços estarão sempre abertos para te encontrar.

Podes acreditar, o meu coração grita,
Por ti, por nós, ensurdece,
É como sentir a ansiedade de cortar a meta,
É por sentir amor…acontece.

Podes ter a certeza que contigo sou feliz,
Pois tudo que faço tem o teu cheiro,
Por ti tudo que faço e fiz,
É pouco, para demonstrar o meu sentimento verdadeiro.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

…Natal diferente…



Eu aqui enrolado no cobertor,
Vejo tudo iluminado,
Muita gente ao meu redor,
Numa azafama à procura do que não foi comprado.

Pois é, é Natal na cidade,
Eu que a vejo todo o ano apagada,
Hoje rejuvenesceu ganhou claridade,
Mas a minha prenda não chegou! Ainda deve estar guardada.

Não entendo, mas acho maravilhoso,
Tudo muda neste dia,
Talvez eu seja curioso,
Mas o real Pai Natal como seria?

Apenas tenho este cobertor,
Que me aquece no frio,
Espero as moedas no cesto, vá lá por favor!
É apenas para comer e beber...prometo que no final sorrio!

A minha casa é está,
Este canto da cidade,
Muita gente passa e deixa,
As suas migalhas que junto para comprar pão, é verdade.

Mas porque será que demora?
A minha prenda já devia ter chegado!
Todos os anos aparece à mesma hora,
Talvez este ano se tenha atrasado.

Alto!!! Ai vem atrasado mas não falha,
A carrinha que traz a minha prenda de Natal,
Depois de tanta espera, vou ver o que me calha,
Pois esta é a minha consoada, afinal.

O meu Natal é assim,
O meu e o de muita gente,
Menino de rua? Sem abrigo? Enfim,
Sou eu sobrevivendo…mas contente.

Feliz Natal

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

...Pai Natal…


…Nem tudo que é oferecido têm tanto valor... 
...do que o que possuímos…
  
Como sabes é tempo de presentes,
Tempo de relembrar o que fizemos de errado e de bem,
Traz juízo as mentes prepotentes,
E justiça, que essa sabia tão bem.

Traz a ideia luminosa,
O que ainda ninguém pensou,
E tira-nos desta situação desastrosa,
Altera o trilho, pois a paciência já acabou.

Nesse pequeno saco traz a paz,
Ela que cada vez mais escasseia,
Não prometas, já estamos fartos, faz,
Talvez possamos ter um futuro na meia.

Normalmente não sou de pedir,
Mas estou num país que me ensina a fale-lo,
Pai Natal, desde da rena e ajuda a resistir,
De caminho até o nosso cartão teremos que cede-lo.

Levanta-te do trono,
Já não basta o ano inteiro?
Lembras-te das crianças que recebiam abono?
Ora bem, este natal, já não existe dinheiro.

Pois bem, para quê prendas materiais?
Se estamos numa situação que até para comer esta complicado,
Pai natal, guarda as prendas substanciais,
Acho que é das últimas coisas que pensamos estar na meia pendurado.

Sinceramente não acredito na lenda,
Mas não custa te escrever,
Mesmo que ninguém entenda,
Este é o meu pedido…tinha que o fazer.

…A maior prenda é o presente…pois com ele, podemos proporcionar outras surpresas e presentes…

terça-feira, 22 de novembro de 2011

…Estação da vida…


…nem sempre a viagem mais longa demora mais tempo…
...pois o tempo bem passado não é mensurado…

Compramos o bilhete,
Onde não há preço nem destino conhecido,
Guardamos os bens e os clichés,
Pois nem o maquinista terá o trilho sabido.

Maquina poderosa que a podemos conduzir,
De certo, por tempo indeterminado,
Existem fases que teremos apetecias para a corrigir,
Outras porém que nos mantêm descontrolado.

Toda ela é de passagem,
Toda ela comporta uma bagagem de experiências,
Muitos vivem-na na miragem,
Outros aproveitam-na com conveniências.

É como esperar por algo que se sabe,
È a paragem da reflexão,
Nesta estação nem tudo Pará,
Muita coisa passa sem termos a noção.

Muitos caminhos fora do trilho,
Muitas agulhas por arranjar,
Mas o comboio segue cambaleando muitas vezes sem brilho,
Até a uma nova etapa chegar.

É o contra relógio apressado,
É a buzina que ensurdece,
É deixar a estação antiga no passado,
E pensar na presente futura que aparece.

Vida, de olhares rápidos de vidraça,
Entre estações e apeadeiros,
Muita intuição e esperança,
Para triunfar e dar os passos certeiros.

Tempo de rasgar mais um bilhete de viagem,
Onde fiscalizaram muitos revisores,
Ainda oiço o barulho da cravagem,
Tantos passam por malfeitores.

O comboio parou,
Desço-o deslumbrando a paisagem,
Maquinista deu o sinal que terminou,
Até a próxima estação de carruagem em carruagem…

Boa viagem…


terça-feira, 1 de novembro de 2011

…O nosso Portugal…


País de múltiplas culturas,
Que se banha de ilusões,
Que há muitos anos está as escuras,
Tudo por corruptos que pensam ter as soluções.

País de fácil adaptação,
Difícil é o português ficar,
Tudo faz as malas levando na cabeça a ambição,
De viver e os problemas ultrapassar.

Regras, medias, são a toda a hora,
Palavras falaciosas que impõem,
O futuro de quem pouco tem pouco agora,
Mas, o luxo dos governantes não abdicam, nem dispõem.

País construído na ganância,
Onde todos mandam sem ter poder,
Mas como instituíram a liberdade em qualquer instância,
Qualquer um pode fazê-lo mesmo sem saber.

País de éticas, etiquetas e injustiça,
Onde armas se compram como se compra pão,
Combater a criminalidade? Acredito que não seja preguiça,
Mas os homens da lei terão mais medo que nós, não?

Portugal dos descobrimentos,
Portugal das conquistas,
Neste momento apenas dos encobrimentos,
Das fraudes nos inúmeros calculistas.

É assim que esta o nosso Portugal,
Sem dia de melhorar,
A nau da descoberta prestes a naufragar,
Contudo…a esperança permanece de a bom porto chegar.

sábado, 24 de setembro de 2011

...Só tu…



 …Podem existir pontes, muros ou obstáculos…
...mas sempre os nossos caminhos se irão cruzar…


Quando os olhares se prendem,
Quando nem as forças seguram,
Só os olhares entendem,
Mesmo quando os sentimentos se desprendem,
Só tu…
Tu, mais ninguém pode entender,
O que as palavras não declaram,
O que o coração faz transparecer,
O que a boca teima em não calar,
Só tu…
Fazes colorir a pagina branca,
De tons que pensei nunca mais colorir,
Sentimentos e emoções que não estanca,
O que sinto não posso nunca encobrir,
Só contigo…
O meu intimo realizo,
O que não revelo nem em segredo,
Na base do teu sorriso,
Eu vou, sem nenhum medo,
Só tu…
Preenches o outro lado do coração,
Tens os contornos perfeitos,
Digo sem me arrepender, fica na perfeição,
Qualidades e defeitos,
Só tu…
Apenas tu, que me dá luz,
Que me seguras na mão sem eu cair,
Carreguei muito tempo a cruz,
Mas valeu a pena, aprendi.
Só tu…
Vem, não te voltarei a deixar ir,
Tu que permaneces-te onde ninguém pode retirar,
Por muito que possa acontecer ou existir,
Só a ti eu vou Amar…
Apenas a ti…