domingo, 20 de fevereiro de 2011

…“Amigo” da calma…



Já há muito que não vinha respirar a tua presença,
Para partilhar sonhos e memorias,
Eu sem uma palavra usar,
Desvendas todas as minhas histórias.

Mesmo com o frio que me retira o ar,
Sinto a presença de quem me ouve sem eu pedir,
Que lê o meu pensar,
Sempre a sentir a calma a me evadir.

Mesmo bravo, agressivo,
Não perdes a razão,
Sinto a tua revolta no ouvido,
Em cada bater de onda espraiando no meu chão.

Não existem estrelas a deslumbrar,
Apenas a luz do teu escuro céu,
Ele que esta te sempre a abraçar,
E que de me acordar se esqueceu.

Desde a ultima visita,
Tanto mudou, tanto aconteceu,
Tanto que perco de vista,
Mas ainda permaneço sempre, Eu.

Ar apaziguador o teu,
Que me faz esquecer de tudo que me acontece,
Pena que quando saio de perto de ti, regresso ao mundo que é só meu,
E que tudo à memória volta, aparece.

Só tu entendes a revolta,
Pois as ondas em mim, “falam”,
Tu não as manténs presas, soltas,
Por isso elas ondulam tão bem contigo, não se “calam”.

Vou com vontade de ficar,
Mesmo com o frio que se faz sentir,
Sinto a homeostase a quebrar,
Mas, os pensamentos a “diluir”.

Ate já “amigo” do refugio,
Voltarei prometo,
Quando precisar do teu contagio,
Estarei aqui, isso é certo.

4 comentários:

Gostas-te? Não deixes de comentar e seguir :) Obrigado!