segunda-feira, 26 de julho de 2010

...Espelho baço...


Vejo o meu reflexo,
Vejo-me a mudar,
Seguindo numa vida sem nexo,
Nem o espelho o consegue negar.

As feições alteram,
As cicatrizes permanecem,
Elas que sempre estiveram,
E que nunca desaparecem.

Sobrevive o interior,
Apesar de intempéries sucessivas,
De magoas, desilusões e dor,
Começo a não encontrar alternativas.

Pedaços, desfeito,
São alguns dos efeitos,
Apesar de não se ver dentro do peito,
É difícil descrever ou arranjar conceitos.

Os olhos não mentem,
São o espelho do coração,
Não escondem por mais que tentem,
Mesmo estando a olhar para o chão.

As lágrimas lavam,
Mostram o descontentamento,
São a reacção e não travam,
O que esta cá dentro, o sentimento.

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