sábado, 29 de janeiro de 2011

…“Encarno”…




Quando escrevo,
Encarno outro ser,
Simplesmente me atrevo,
A escrever o que por vezes, não sei dizer.

É a evasão de momentos,
Que me fazem desabafar,
Explosão de sentimentos,
Em que uso os poemas para demonstrar.

É algo inexplicável,
Que me faz escolher as palavras certas,
Parece inevitável,
Mesmo quando elas parecem encobertas.

É onde desbravo outras direcções,
Sem sair da minha cadeira,
Sem medo de opiniões,
Sem medo de dizer asneira.

É algo que fala cá dentro,
Que se identifica através dos dedos,
Não sei quem é, mas sinto-o no centro,
Ele não esconde os seus desejos nem medos.

É a reconstituição do meu passado recente,
É tudo que me “escorre” na memoria e em pensamento,
É o fruto que deixa a sua semente,
Que não se cala em nenhum momento.

É a encarnação do meu outro “eu”
Que se impõem oponente,
Que escreve com os meus dedos, tão seus,
Que se transfigura constantemente.

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