sábado, 16 de outubro de 2010

…Sinto-me…



Sinto-me um vulcão,
Que a erupção esta perto,
Que por vezes não pisa o chão,
Nem escolhe o caminho certo.

Sinto-me descontrolado,
Como um comboio sem travões,
Sem ter o mínimo cuidado,
E sem saber ao certo as razoes.

Sinto-me perto de um acidente,
Como um carro a entrar em despiste,
Tento travar, mas é indiferente,
Já se ouve a derrapagem…ouviste?

Acidente é algo não premeditado,
Mas como sinto que vai acontecer?
Será que é porque estou desorientado?
Ou terá mesmo que ser?

Sinto-me um avião em zona de turbulência,
Que nem os cintos nos coloca a calma,
Vou descendo, descendo com insistência,
Neste turbilhão, fica a alma.

Sinto-me um barco em alto mar,
Em plena tempestade,
O farol está difícil de avistar,
Para conduzi-lo, já não tenho habilidade.

Sinto-me em queda livre a esvoaçar,
Pois o pára-quedas não abriu,
Este frio, este vento, esta difícil de suportar,
Peço ajuda ensurdecedora, que nem ouviu.

Sinto-me num pesadelo de emoções,
Em que os sonhos têm medo de aparecer,
Eles escondem-se nas sombras, nas multidões,
Sonhos de perguntas que os pesadelos teimam em responder.

9 comentários:

  1. lindo blog, já estou a seguir!
    espero ler-te mais vezes *

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  2. muito obrigada pela tua retribuição de carinho! fico feliz que tenhas gostado :)
    beijinhos *

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  3. sinto-me assim por vezes. adoro adoro adoro *

    obrigada :)

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  4. Tudo na vida deste rapaz se transforma em poesia,linda maneira de ser,parabéns.Sinto que estou diante de um grandioso poeta.Quanta palavra bonita,quanto sentimento ,isto nos inçentiva e nos faz seguir em frente.Mesmo enfrentando tempestades,marés altas,turbulençias,para-quedas que não se abrem,nada importa.Vamos em frente ,o mundo abre as portas para quem sabe onde quer chegar,abraços.

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