sábado, 4 de setembro de 2010

…Reabilitação…



Sinto-me numa cama de hospital,
Onde espero que me venham cuidar,
Parece que sinto um vírus mortal,
Que se cravou em mim e não há meio de me deixar.

Deitado, limpam as lágrimas que ainda restam,
Sinto-me desidratado,
Elas dão o sinal, alertam,
Para o que sucede no interior, é um acto continuado.

Limpam as feridas e dói,
Grito de revolta compulsiva,
Algo em mim que corrói,
E me deixa o coração e a alma pensativa.

Alguém que se aproxima do meu ser,
Ao longe avisto, mesmo que turvamente,
Alguém que me parece conhecer,
Parece que assenta como uma luva, é diferente.

Pergunta-me “o que fazes aqui?”,
Eu respondo, pagando as consequências de viver,
“Que ferida que esta ai?”,
Foi uma que me fizeram sem eu poder ver.

“Mas o que aconteceu?”,
Vivi sem pensar no amanhã,
“Como isso sucedeu?”,
Apenas sempre fui “eu” e nunca fiz manha.

“Levanta-te, vem”,
“Estás frio como é possível?”,
O meu calor está cá dentro, “ele” é que o tem,
Ele não pode sair, tem protecções intransponíveis.

Obrigado segue o teu rumo,
Eu me levantarei,
Ainda não encontrei a resolução, nem como,
Mas mesmo “ferido”, sempre tive força, eu resistirei.

Leva apenas o que tenho de mais valor,
Leva, tenta reparar, faze-lo viver,
Tem algumas mossas e cortes de dor,
Trá-lo apenas quando o sentires vivo a valer.

15 comentários:

  1. ainda bem (:
    obrigada pelos parabéns (:

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  2. Ohh , tão bonito (':

    tens razão quando dizes que todos já passámos por isso, mas quando isso acontece , é sempre chato :s

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  3. claro que não! quando se quer muito uma coisa, consegue-se... :)

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  4. Mas nao é impossivel... Tu vais conseguir com certeza =D

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  5. Doído , mas lindo como tudo que escreves ...
    Deixo-te Bjo com Afeto.

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  6. Meu Carinho em um pequeno texto , amigo querido.


    " Vai passar, tu sabes que vai passar. Talvez não amanhã, mas dentro de uma semana, um mês ou dois, quem sabe? O verão está aí, haverá sol quase todos os dias, e sempre resta essa coisa chamada 'impulso vital'. Pois esse impulso ás vezes cruel, porque não permite que nenhuma dor insista por muito tempo, te empurrará quem sabe para o sol, para o mar, para uma nova estrada qualquer e, de repente, no meio de uma frase ou de um movimento te surpreenderás pensando algo assim como 'estou contente outra vez' "

    Caio F. Abreu

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